quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O cansaço sempre me pega desprevinida. E o pior é que eu sei como escapar mas nunca me guio pro lugar certo.

Na maioria das vezes (anos, momentos, tempos, horas,minutos, instantes) eu sempre vejo que chega uma época onde o comer, beber, tomar banho, ver tv, ficar na internet e dormir, já não é o suficiente para definir aquele que chamamos de lar. É preciso tranquilidade, paz, espaço, respeito, atenção, compreensão, diálogo e outras mil coisas que todos sabemos mas nunca enxergamos.
Eu fico me perguntando, mesmo sabendo as respostas e na tentantiva de alcançar uma mais compreensivel, o por quê?
Por que que você se mata la fora em busca de algo melhor pra você e todos ao redor e isso nunca é visto por eles?
Por que que para você se sentir um pouquinho do que chamam de "felicidade" você tem que simplesmente ir... sair , ir embora sozinha?
Por que que tudo que você faz nunca é o bastante pra ouvir um "Parabéns" ?
Por que que tudo que vem de você sempre está errado?
Por que que você tem de se afastar de tudo que gosta de fazer por causa de você ter que fazer somente uma coisa, apenas aquilo o resto da vida?
Por que que as pessoas simplesmente não chegam em você e diz o que está havendo ao invés de virar as costas e irem?
Por que que elas nunca honram o que dizem?
Por que que ninguém nunca pergunta duas vezes se você tá bem mesmo sabendo que não está? Por que que você simplesmente não pode ter um lar com todos os sentimentos que ele possui? Por que que sempre tenho de fugir para meu mundo de séries se eu quiser ficar bem?
Eu sempre tive a ilusão de que quando me formasse, que terminasse esse caminho cheio de turbulência em 4 anos eu saberia todas as respostas dessas perguntas, que eu poderia entender tudo e ser feliz com o que tenho. Mas ai eu pensei: E O QUE EU TENHO?

Cada segundo que está passando enquanto eu estou aqui escrevendo eu vou tendo mais nada ainda.. apenas nada.. Eu não tenho nada. Isso é preocupante...estranho e me assusta, principalmente quando eu vejo que as pessoas que eu "tinha" ilusoriamente, já se forma, ou simplesmente estão ficando mais distantes ainda. E eu não posso fazer nada.

Viver 24 anos pensando no que as pessoas vão pensar de você não é legal. Você vira um exemplo para algumas mas pra você mesmo, não é anda além de uma rocha construída na areia. E a qualquer momento eu sinto que ela vai desmoronar e desaparecer no meio de tudo...

Eu não quero as respostas prontas.. eu só quero a saida, a forma ou pelo menos a maneira de como encontrá-las.

E assim que eu conseguir entender tudo... vou poder ir atrás da verdadeira pessoa que sou e poder dizer que eu serei feliz.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O contrário

Ela tinha uma importância, aliás uma não, várias. Onde ela estivesse abria-se um leque de reflexões acerca de tudo e todos que estavam ao redor. Alguns entravam em pânico. Outros encontram nela a fortaleza que perderam na estrada. Eu percebia que ela poderia causar segurança.

Não era só olhos que abriam quando a olhava. Um mundo de visões de uma mistura de realismo com desconfiômetro surgia na frente de que a sentia. Era incrível e manipulador como ela usava a inteligência e realidade em prol da proteção.

Ninguém se enganava, não acreditava, não perdia no espaço o tempo e a esperança em vão. Não havia sofrimento. desprezo, amor perdido... menosprezos.

Tudo isso era coisas que ela deixava do outro lado do rio, na chamada Ilusão.

Eu me perguntava se realmente poderia estar ali porque eu a via. Eu a senti.... participei do mundo dela e sem perceber me adaptei ao seu estilo. Fazia falta alguém especial com a mão no meu ombro direito e dizendo coisas que fariam Julieta esquecer Romeu. Como a realidade não me favorecia nunca, eu não ousei a resistir.

Nos tornamos amigas. Às vezes me confundo com ela, no teu jeito de visualizar o teu vizinho: o amor.
Meus olhos não enxergam como antes. Os fatos são passados na minha lente e friamente estão sendo calculados. Eu não tenho medo. Se for sólido, certo, garantido, ela me permite viver. Posso até dizer que é bom não machucar nessa etapa.

Foi quando ouvi que se for platônico, utópico, temporário, despertaria um alerta e ignoraria como não fosse com a tal pessoa.

Existem renuncias porém posso alcançar a realidade duradoura. Se é bom ou não, se faz bem ou mal, depende de quem a senti, fazer a escolha.

E ela, a tão falada e criticada Solidão, vai passando cotidianamente, a ser com um certo espanto o refúgio seguro. Um ponto de equilíbrio entre a vida, a razão e a sobrevivência. Uma certeza que sempre vai existir.

domingo, 9 de maio de 2010

O Início

Essa palavra me assusta. A responsabilidade que vem dela, está no fato da reflexão que ela fará por todo o trajeto. Cheio de pontos.... as vezes sem acento... abreviaturas... e muita cuca no lance.... acho que o "Início" será mercado assim. Deixar curtir então essa sensação e expectativa dessa palavra.